‘Quero muito ter a oportunidade de trocar ideia com autores que estão começando’, diz Calila das Mercês que estreia como curadora da FLICA este ano

Em entrevista para a revista O Odisseu, Calila das Mercês, escritora e pesquisadora baiana, conta como pensou o seu projeto de estreia como curadora da FLICA.

Escritora e pesquisadora Calila das Mercês estreia como curadora da FLICA/ Foto: Nti Uirá.

Começa hoje na cidade histórica de Cachoeira, a 12ª FLICA (Festa Literária Internacional de Cachoeira), a mais tradicional festa literária do norte/nordeste. Ao longo de mais de uma década, a FLICA conseguiu se estabelecer enquanto uma referência para outras festas literárias e um momento de reencontro no Recôncavo Baiano. 

Este ano não será diferente! Já nesta semana a FLICA esteve frequente nas conversas por Salvador, o que me fez pensar que todos os caminhos nos levam a Cachoeira nos próximos dias. 

No geral, podemos dizer que a FLICA consegue ser um momento ímpar de celebrar a cultura popular baiana e também de convidar autores de todos os cantos para pensar o Brasil a partir do solo sagrado de Cachoeira. 

Essa é, inclusive, a visão de Calila das Mercês, escritora e pesquisadora que este ano estreia como curadora da “Tenda Paraguaçu”, espaço tradicional de debate da FLICA. Segundo Calila, a ideia foi trazer artistas das mais diferentes linguagens que de alguma forma se relacionassem com a pluralidade cultural de Cachoeira:

Sem dúvidas o caminho que desenvolvi nesta pesquisa curatorial trazendo tanta gente nutrida de trabalhos que lapidam com excelência as palavras pra Tenda Paraguaçu, artistas de múltiplas linguagens que trançam pensamentos com outros artistas, outras artes, literaturas e modos de apresentar a comunidade suas poéticas, gingas, táticas e narrativas têm tudo a ver com a Flica, com o Recôncavo e com o Brasil.

Calila das Mercês, escritora e pesquisadora, em entrevista à revista O Odisseu.

Calila das Mercês é autora de “Planta Oração” (Editora Nós, 2022), seu primeiro livro de contos que chegou a ser finalista do Prêmio Jabuti do ano passado. Filha de Conceição do Jacuípe-BA, tem uma relação íntima com o Recôncavo Baiano ao se formar em jornalismo pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano. Atualmente, faz seu pós-doutorado na USP, pelo programa coordenado pela catedrática Conceição Evaristo. Gentilmente, Calila nos concedeu uma entrevista sobre a FLICA e sobre outros assuntos, como o cenário literário em geral e as festas literárias no Brasil.

Confira!

‘Como pesquisadora, acredito que a arte literária nos ensina a não esperar que ela resolva todas as coisas, ou a que salve o mundo, mas que traga experimentos subjetivos de mundos’, diz Calila das Mercês em entrevista à revista O Odisseu

Ewerton: Fale um pouco do tema “Literatura em Festa”, tema da FLICA 2024, e como surgiu esse tema.

Calila: O mundo da literatura em festa é o tema da 12a edição da Flica. Desde o lançamento tem vários pontos que sinalizo e que acho imprescindíveis. Primeiro é o que diz respeito ao pensar em Festa Literária, que por si só é um momento, um convite para uma celebração junto a arte literária e suas diferentes linguagens, camadas, gêneros, encontros, diferenças, pontes… A temática é uma ênfase a algo que já está dado quando se pensa em Festa Literária. Gosto da imagem deste suposto mundo literário heterogêneo em festa. Daí, algumas suposições que tenho pensado sobre ser político e fundamental, no sentido de fundamento mesmo, celebrarmos numa sociedade como a nossa, de gente que luta desde sempre e que precisa ter espaço, tempo e direito a celebrar, e fazer isso junto a arte é um grande feito. Como pesquisadora, acredito que a arte literária nos ensina a não esperar que ela resolva todas as coisas, ou a que salve o mundo, mas que traga experimentos subjetivos de mundos. Penso sempre que festejar não significa se eximir das discussões que nos são muito caras, de encarar nossos problemas estruturais, nossas contradições, nossos objetivos, sonhos, viagens. Celebrar numa festa literária no Recôncavo é afirmar que estamos atentos enquanto descemos um embalo, ou vamos no samba de roda, enquanto fabulamos, resenhamos, enquanto recebemos nossos convidados, enquanto estamos lendo estes e outros mundos possíveis a partir de trabalhos de lapidação com a palavra vinda de mentes plurais e certeiras que dissolvem pensamentos nas linhas e entrelinhas. Pensar na alacridade defendida pelo professor Muniz Sodré, com certeza, e também não deixar que furtem de nós o direito à felicidade,  à palavra dita, escrita, partilhada, a culminância, às boas surpresa, a boa (v)ida. 

Ewerton: A FLICA tem uma forte tradição de reunir no Recôncavo nomes importantes do cenário da literatura brasileira e internacional, mas também autores baianos. Conta pra gente como a literatura baiana aparece na “Tenda Paraguaçu” (espaço que você faz a curadoria) e a importância de também trazer esses autores para o debate. 

Calila: Nesta edição não será diferente, os autores baianos estarão expressivamente na Tenda Paraguaçu como anfitriões das conversas e como participantes destas rodas. E sim, nesta edição são maioria da Tenda pessoas destes diferentes territórios da Bahia, de diferentes Recôncavos, de diferentes geografias e perspectivas da capital, maioria de autoras e autores que inaugurarão sua primeira participação no evento como convidadas. Nesta edição experimentamos a palavra falada em cima da Tenda Paraguaçu, com a presença de saraus e slam da terra dando a letra. Conversas e trocas sobre variadas linguagens, dentro da tenda, se movimentando ali ao lado do rio. Vamos receber da terrinha Ebomi Cici, Carol Barreto, Lívia Natália, Lívia Sant’Anna Vaz, Yasmin Morais e Mariana Rozario, Marcos Vinícius Rodrigues, o Sarau do Caquende, com a presença de Raimundo Moura, Valdeck Almeida de Jesus, Sandra Liss e Rosane Jovelino, o Slam das Minas, com Nega Fyah, Ludmila Singa e Ma Reputação, o jornalista Felipe Oliveira, a biógrafa Valéria Lima, a poeta e pesquisadora Laura Castro, o escritor Itamar Vieira Junior, os poetas do Sarau da Onça, Sandro Sussuarana, Evanilson Alves, Bruna Silva, Vamisa Poeta, e vem mais gente boa aí… Todo mundo nesta edição. E espero muito que o nosso pessoal, todo mundo que venha a FLICA chegue junto para prestigiar tanta gente boa nossa. 

Ewerton: Um comentário que tem sido feito recentemente sobre as festas literárias (em geral) é quanto à introdução dos temas (ditos) “mais acadêmicos” em detrimento de uma programação com foco em autores de literatura. Essa é uma crítica que foi feita à FLIP do ano passado (por exemplo). Como você pensa esse tensionamento? 

Calila: Faz parte de uma tendência abranger diferentes autorias, tanto as literárias quanto as acadêmicas e de outras linguagens. Penso sempre que a ideia de expandir, pensando nas nossas convocações da circularidade ou que vão no caminho de agregar linguagens e não de restringir. Imagina, nós que pensamos na roda como configuração de vida, que convocamos gente para chegar e participar, não teria como pensar que pessoas munidas de leituras de mundo não possam chegar com suas leituras e suas investigações para partilhar. Acho que tudo é momento e oportunidade também de experimentar, de escutar outras toadas do debate, escutar autores que trazem consigo muitas leituras de obras literárias e de outras linguagens também. Participando e vendo salas cheias, acho que o público tem acolhido bem estas inclusões, ainda mais quando esses temas “mais acadêmicos” têm um tantão de assuntos sobre nós. 

‘Temos muitas histórias ainda que precisam ser contadas’, diz Calila das Mercês, curadora da FLICA

Ewerton: Estão na programação da Tenda Paraguaçu autores africanos (Upile Chisala, Kalaf Epalanga) num diálogo Bahia-África bastante pertinente! Qual a importância de trazer a literatura produzida nos diversos países de África para a Bahia?

Calila: Gosto muito de pensar em Áfricas, no continente africano com seus 54 países com suas diferentes geografias, línguas, características, modos de viver, tecnologias, pontos de confluências e diferenças. Convidar a poeta Upile Chisala que vem do Malawi e reside nos Estados Unidos, do  Kalaf Epalanga, que vem de Angola, e reside em Berlim, é pensar também nos movimentos que estes autores realizam no mundo. Pensar também em como a literatura deles tem raízes profundas e galhos que se deslocam nas suas pesquisas com as diferentes línguas que falam. Esse encontro deles aqui em Cachoeira, aqui na Bahia, sem dúvidas, é muito especial. Fico pensando como e se eles se verão aqui… Acho sempre uma grande conexão convocar pessoas que confluem conosco a partir das nossa história da diáspora, mas também das histórias de imigração e deslocamentos pelo mundo para conversar. Desde que falei tanto com a Upile quanto com o Kalaf ambos têm falado desta vida para cá com muito entusiasmo. Não vejo a hora de ouvi-los. A Adelaida Fernández Ochoa, colombiana – neste ano que o Brasil foi homenageado lá – é uma escritora que tem uma história que se irmana na nossa, repara ela começa seu livro “Lá fora cresce um mundo”, dedicando “à memória de Dolores Fernández e Zoila Martínez; à memória de seus pais escravizados, meus ancestrais.”… Ela estará na mesa com a escritora indígena Geni Núñes. Pensar também nesta afro-américa-latina, ou na Améfrica pensada por Lélia Gonzalez também nos é muito caro… Temos muitas histórias ainda que precisam ser contadas… 

Ewerton: Outra coisa que me chamou bastante atenção é o diálogo entre diferentes linguagens da arte na programação da FLICA deste ano: Liniker, Zezé Motta, Elisa Lucinda, nomes que estão na literatura dos livros, mas que também transitam entre as outras artes. Como você pensa esse diálogo na construção do debate literário?

Calila: Convidei Liniker, Jota Mombaça e Carol Barreto (anfitriã da mesa “Criar dentro dos sonhos, inaugurar línguas, destruir processos”) para participarem da Flica, pelas diferenças, confluências e excelências dos seus respectivos trabalhos com a palavra que transborda e se desdobra em múltiplas linguagens para além das escritas no papel e publicações em formato de livros.  Liniker  escreve, é compositora, cantora, artista visual, recebeu prêmios como o Grammy Latino, ocupa a cadeira 51 da Academia Brasileira de Cultura, junto de nomes como Conceição Evaristo, Elisa Lucinda, utiliza sua voz-corpo para projetar canções que partem da poética e estética de suas letras-narrativas. E é por essas multiciplidades que ela está na Flica, trazendo suas outras experiências. Liniker, que nasceu numa cidade do interior de São Paulo, além de cantora, é uma artista que usa o pensamento crítico e radical como mote de sua arte. Jota Mombaça, potiguar, atua faz bastante tempo internacionalmente como escritora e artista indisciplinar e interdisciplinar, em que a matéria sonora e visual das palavras faz parte da sua prática. Lançou o livro “Não vão nos matar agora”, e participou de Bienais de São Paulo, de Berlim, de Sidney, dentre outras, pesquisa a imaginação anticolonial, utilizando múltiplas linguagens que deslocam unicidade de pensamentos e formas. Carol Barreto, cria de Santo Amaro, intelectual que atua com a linguagem da moda, trazendo concepções do campo de gênero e a moda atrelada ao ativismo, ou seja, a moda como espaço de luta, deslocando mais uma vez um jeito cartesiano de se referir às linguagens, já já estará com uma exposição belíssima no Itaú Cultural, extrapolando ideias fixas de pensar. O que nos é bastante caro, se pensarmos na Bahia, e em quem pavimentou este país. 

Ou seja, são três artistas, e eu acrescentaria tantas outras mais que estarão na Tenda, como Zezé Motta e Elisa Lucinda, que deslocam e destroem a concepção única de narrativas, de arte, das palavras, de como contar uma história, e de representação. Artistas que tencionam e criam dentro dos sonhos, inaugurando línguas e linguagens, falando de tantos pluriversos e não somente de um universo, o que é relevante pra uma festa literária que acontece no Recôncavo que é tão plural. Recôncavo que convida a todas as pessoas, que ensina respeitar as nossas confluências e diferenças. Tem gente que mais extrapolou e modificou processos e lutas e espaços como o nosso povo? Sem dúvidas o caminho que desenvolvi nesta pesquisa curatorial trazendo tanta gente nutrida de trabalhos que lapidam com excelência as palavras pra Tenda Paraguaçu, artistas de múltiplas linguagens que trançam pensamentos com outros artistas, outras artes, literaturas e modos de apresentar a comunidade suas poéticas, gingas, táticas e narrativas têm tudo a ver com a Flica, com o Recôncavo e com o Brasil.


Zezé Motta, receberá no fim deste mês, no dia 31 de outubro, o título de Doutora Honoris Causa de duas instituições: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Quem recebe uma honraria dessas é alguém que geralmente contribuiu de forma singular para a cultura, à educação e/ou à humanidade. Zezé é uma referência quando pensamos na luta antirracista, seu trabalho é de tirar o fôlego em termos de inspiração, sua contribuição para o país é exemplar. Elisa Lucinda é poeta, atriz, intérprete de canções, e está lançando um livro lindíssimo de poesia na Flica, um dos mais de 20, entre poesia e prosa, livros para todas as idades e os infantis. Vários com indicações a prêmios, como o São Paulo de Literatura, o Prêmio Jabuti. Tem o Instituto Casa Poema, fundada por ela e a atriz Geovana Pires, e em parceria com o Ministério Público do Trabalho de todo país, a multiartista desenvolve projetos que popularizam a poesia e a usam como equipamento de cidadania em várias formações, como “Versos de liberdade” que ensina a palavra poética aos jovens que cumprem medidas socioeducativas, além de cursos de poesia falada para professores, população LGBTQIA+, juventude periférica, quilombolas… (Um parênteses: ela contracenou com a Liniker da série Manhãs de Setembro. E na Flica falará com Lívia Natália e a Cida Pedrosa, imagina a poesia e a ousadia destas três nesta roda?!) Acho que nem preciso dizer mais nada.

Brincadeiras, a parte, eu vou dizer sim. Todas criam dentro dos sonhos, inauguram línguas e destroem processos e a ideia limitante e cartesiana de um jeito convencional e único de ser e fazer. Acho que vai ser uma oportunidade e tanta saber o que as inspira, em formulações que extrapolam os enquadramentos de criação de narrativas. Fica aqui a todas as pessoas um convite para ouvirmos artistas de excelência trazendo as subjetividades e anúncios de seus trabalhos e sonhos.

‘Acho que é uma grande oportunidade  ouvir esta galera avançada em termos de partilhar a palavra e ginga aí com suas elaborações e publicações’, diz Calila das Mercês sobre autores que irão lançar livros na FLICA

Ewerton: Voltando à questão dos autores baianos, ano passado a FLICA foi alvo de algumas reclamações por parte dos autores que foram convocados (mediante seleção) para lançar seus livros na FLICA. Por exemplo, esses autores estiveram fora dos espaços de grande público, além de receberem pouca ajuda da programação para divulgar seus lançamentos e até mesmo para se localizarem na cidade. Sei que este é um tema que foge à curadoria, mas gostaria de saber de você como a FLICA tem pensado o apoio a autores independentes, editoras pequenas e afins.

Calila: De fato, a Flica tem uma curadoria plural, distribuída pela coordenação e uma equipe de produção. Estas diretrizes de fato não fazem parte do meu trabalho de pesquisa curatorial da Tenda Paraguaçu.

Falando nisso em lançamentos, quero muito ter a oportunidade nesta edição de trocar ideia com autores que estão começando, e vou circular pela cidade neste intuito também, como escritora e pesquisadora penso muito nesse começo, nestes momentos do lançamento que são tão marcantes.

Neste ano na Tenda vão ter momentos oportunos que podem somar nesta pauta, vai ter o Sarau da Onça, o Sarau do Caquende, Slam das Minas, que são três coletivos baianos, que já falei acima, penso que é uma forma de convocar a palavra-água, a palavra-corpo, a palavra em movimento… E ainda a presença de Sérgio Vaz, que idealizou na Zona Sul de São Paulo, ali no Capão Redondo, periferia, o Sarau da Cooperifa, que fez tanta gente a partir daqueles encontros lançar sua palavra pro mundo. Acho que é uma grande oportunidade  ouvir esta galera avançada em termos de partilhar a palavra e ginga aí com suas elaborações e publicações. Ali  também é um bom ponto de encontro, porque o sarau,  o slam, permite isso, o encontro, a troca, ali a gente se reconhece, se sabe, se afeta no sentido, coloca a ideia pra jogo e pra dentro. Um convite que vale a pena para deixar este diálogo aberto…  

Ewerton: Escrevi recentemente uma reportagem publicada na Odisseu sobre a ausência de autores do eixo norte-nordeste na programação principal da FLIP deste ano (são apenas dois autores do nordeste e uma autora do norte) que prometeu um olhar “de livreiro” para a programação. Como você, autora baiana, pensa a permanente exclusão de autores nordestinos e nortistas dos grandes debates literários do país? Ou não existe mais essa exclusão?

Calila: Como autora, e aí você me dá oportunidade de falar mais, e também como pesquisadora, acho que é sempre importante eventos que tragam perspectivas discursivas plurais. Não somente pelo viés de representatividade e representação, porque acredito que fazemos muito mais que isso. Não acho que devemos só aparecer na conveniência, ou para não ficar feio. Mas pela excelência dos trabalhos que entregamos. Incontável o tanto de gente boa nossa fazendo trabalho e literatura de ponta. Ainda penso que esse é um trabalho conjunto. É cobrada muitas vezes uma presença dos nossos, mas precisamos prestigiar, comprar os livros, chegar junto, não deixar estes espaços sem audiência, sem presença… Aqui queria conversar mais. Quem sabe em outra entrevista? (Me chama! :))

Ewerton: Por fim: quem for à FLICA deste ano pode esperar o quê?

Calila: Quem aparecer na Flica deste ano vai ver a cidade em festa.  Ali perto da Tenda, tem o rio imenso que abraça Cachoeira e São Félix, que nutre a Bahia de ponta a ponta, eu gosto da imagem do rio ali do lado, de pensar que tem pontos que ele desagua no mar… Acho que o rio está ali, assim como a literatura, para nos lembrar que a vida é movimento constante, cheio de surpresas, inaugurações, experimentos, contradições, afetos, desilusões, e por aí vai… E quem aparecer vai ver… isso e mais e mais… 

A FLICA começa nesta quinta-feira e segue até o domingo com programação diversa que, além da Tenda Paraguaçu, tem também o espaço Geração Flica (de curadoria de Deko Lipe) e o espaço infantil Fliquinha (curadoria de Gení Nuñez), além da curadoria artística de Linnoy. Para conferir programação completa, clique aqui!

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